Oct 12, 2010

Lanches saudáveis para a escola





A escola é certamente um local onde os hábitos alimentares saudáveis devem ser ensinados, estimulados e praticados. Porém, cabe à família a manutenção das práticas saudáveis aprendidas pelo filho também dentro de casa.
A alimentação na escola é de suma importância, pois garante à criança energia para o próximo período de aula, proporcionando-lhe maior capacidade de concentração e memória.
Devem ser evitados longos períodos em jejum e por isso, destaca-se também a importância da realização de um café-da-manhã saudável, o que comprovadamente contribui para o maior desempenho escolar.
O lanche na escola deve ser simples, pois representa uma refeição intermediária, já que logo que a criança chegar em casa contará com uma grande refeição como o almoço ou jantar, dependendo do horário de estudo. Contudo, ser simples não significa ser incompleta em termos nutricionais.
O lanche deve incluir um alimento do grupo dos pães, que engloba além destes, bolos simples, torradas e cereais. Além desse grupo, deve também incluir um alimento do grupo do leite e derivados, como os iogurtes, de preferência aqueles enriquecidos com frutas e fibras.
O ideal seria incluir também um alimento do grupo das frutas ou sucos naturais. As frutas devem ser as mais variadas possíveis, respeitando a aceitação da criança, pois cada fruta possui vitaminas e minerais diferentes, embora todos sejam importantes para o bom funcionamento do organismo infantil.
Como exemplo, pode ser citada a maçã, que representa uma fruta que não sofre deterioração se mantida fora da geladeira durante o período em que a criança está na escola, e caso seja consumida com casca contribui para o aporte de fibras da alimentação infantil, além de fornecer vitamina B6 (importante no metabolismo geral e essencial para o crescimento normal).
Além da maçã outras frutas podem ser levadas sem problemas como a banana fonte de vitamina B1, B3, B6 e potássio, a goiaba que contém vitamina B1, B2, B3, vitamina C (aumenta a resistência às infecções) e fibras, a mexerica, entre tantas outras.
Chocolates, balas e doces não são proibidos na alimentação da criança, mas deve ser evitado o consumo diário e em excesso desses alimentos, já que normalmente aportam açúcares e gordura em grande quantidade. Sugere-se que quando consumidos, esses alimentos devam ser combinados com outros mais nutritivos, como um suco de fruta natural ou um sanduíche leve.
A crença de que todo sanduíche é ruim não está correta. Alguns podem ser bem balanceados quando os ingredientes são combinados da forma correta. Como exemplo pode-se citar um sanduíche feito com pão (preferencialmente integral, fonte de fibras), uma fatia de queijo (que oferecerá proteína e cálcio) e alface que oferece fibras, vitaminas e minerais variados.
Cabe destacar que na montagem do lanche escolar saudável, a criatividade contribui muito para estimular a criança a consumi-lo adequadamente e evitar a monotonia do cardápio. Envolvê-la na decisão e até mesmo no preparo de seu próprio lanche, com auxílio dos pais ou responsáveis, contribui para a educação nutricional do mesmo.
Muitas crianças optam por comprarem seus lanches nas lanchonetes da escola. Para que a criança possa fazer uma opção saudável, é necessária a colaboração por parte tanto da cantina escolar, com o oferecimento dessas opções, como da própria escola, adotando programas de educação nutricional, que ensinem a criança a tomar suas próprias decisões quanto a sua alimentação.
É necessário que a criança tenha autonomia para decidir o que é certo ou errado sobre sua alimentação, e portanto a simples proibição de alimentos na escola não significa que a criança tenha compreendido e incorporado hábitos alimentares saudáveis e desejáveis para um melhor estilo de vida.



[Autoras: Nutricionistas Luana Caroline dos Santos e Natacha Toral]


Fonte: http://receitando.blogspot.com/2009/05/importancia-dos-habitos-alimentares.html

Grupo 1

1 comment:

  1. Essa reportagem me fez lembrar a diferença entre educação alimentar e nutricional (EAN) e a adoção de práticas para tornar a alimentação mais nutritiva. Lembro com carinho de uma capacitação de professores no município de Itacaré/BA, e especialmente, do relato de uma professora e mãe que fez, durante muitos anos, uma vitamina para sua filha de beterraba, leite condensado e leite, porém era dito para a criança que era vitamina de morango. Um belo dia a criança descobriu a estratégia da mãe e sentiu-se enganada. Depois de escutar a história esclareci para os professores que participavam do curso que as estratégias de EAN devem prever a participação efetiva do público (ex.: alunos, filhos, adolescentes) sobre os alimentos que serão consumidos, para que assim haja o consumo consciente e o início da transformação/consolidação de práticas alimentares saudáveis. Sem essa participação a estratégia torna-se vazia. Esclareci, ainda, que esconder os legumes no feijão, nas tortas e nas vitaminas são excelentes estratégias para tornar as refeições mais nutritivas, mas que não configuram-se como ações de EAN.
    Carolina Chagas - Nutricionista

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