Dec 7, 2010

A escola promovendo hábitos alimentares saudáveis

Esta postagem foi baseada no artigo: Projeto “a escola promovendo hábitos alimentares saudáveis”: comparação de duas estratégias de educação nutricional no Distrito Federal, Brasil.

O Projeto “A escola promovendo hábitos alimentares saudáveis” existe no Distrito Federal desde 2001, com o objetivo de promover a alimentação saudável no ambiente escolar, testando metodologias e estratégias que possibilitem sua reprodutibilidade em outros locais e contextos, envolvendo escolas públicas e privadas de Ensino Infantil e Fundamental. O Projeto é vinculado ao Observatório de Segurança Alimentar e Nutrição da Universidade de Brasília (UnB), o qual tem a promoção da alimentação saudável como uma de suas linhas de investigação.

A pesquisa que estamos abordando teve como objetivo analisar e comparar o conhecimento sobre nutrição de professores e alunos participantes do Projeto “A escola promovendo hábitos alimentares saudáveis”, submetidos a duas estratégias de educação nutricional.

- Intervenção nutricional A: as ações educativas com a comunidade escolar foram desenvolvidas pela equipe do projeto, por meio de palestras educativas realizadas nas escolas. Assim, todas as turmas de Ensino Infantil e Fundamental das escolas participantes foram mobilizadas pelas atividades de educação nutricional.

- Intervenção nutricional B: as ações educativas com a comunidade escolar foram desenvolvidas por professores que freqüentaram oficinas temáticas de capacitação. Uma vez que apenas os professores que se interessaram em se inscrever nas oficinas foram capacitados, o processo de educação nutricional tendeu a se concentrar apenas nas turmas dos professores participantes.

A intervenção A foi aplicada em 4 escolas (1 particular e 3 públicas) totalizando 180 alunos e 19 professores. A intervenção B também foi aplicada em 4 escolas, totalizando 129 alunos e 16 professores. Foram avaliados os alunos e professores de Ensino Infantil e Fundamental nos dois tipos de intervenção.

Foram elaborados dois instrumentos quantitativos para avaliação do conhecimento sobre nutrição das crianças, tendo sido os mesmo construídos em um formato preferencial de figuras e jogos, mais atrativo visualmente e de maior facilidade de compreensão para esta faixa etária. O primeiro foi sobre a pirâmide dos alimentos e o segundo sobre a higiene das mãos antes da realização das refeições.

Para avaliação dos conhecimentos dos professores foi elaborado um questionário do tipo verdadeiro ou falso sobre assuntos abordados nas palestras educativas realizadas pela equipe do projeto nas escolas (intervenção nutricional A) e nas oficinas de capacitação (intervenção nutricional B).

O elevado percentual de acertos observado no instrumento de avaliação dos professores reforça a importância da transmissão de conhecimentos sobre nutrição para os mesmos. Entende-se que o professor é considerado o elemento principal no processo de educação nutricional dos alunos, por se encontrar em posição estratégica e em contato diário com os mesmos.

Observou-se que tanto a realização de oficinas de capacitação sobre educação nutricional para professores, como a realização direta de palestras e outras atividades pedagógicas para a comunidade escolar pelo nutricionista, são processos igualmente úteis de intervenção nutricional no âmbito escolar.

Sugere-se que o nutricionista seja o responsável pela intermediação entre os saberes, na
medida em que assume a condição de multiplicador de conteúdos e temas em alimentação e nutrição e, por isso, possui um papel determinante no processo de implantação de hábitos alimentares saudáveis na escola.

Entende-se também que o setor público precisa assumir a responsabilidade de fomentar mudanças organizacionais, em termos de políticas públicas coletivas, de forma a favorecer escolhas saudáveis no campo individual. A construção de políticas públicas resultantes de diálogos equânimes entre o Estado, a sociedade, e o mercado parece ser o caminho para a construção de um modo de viver que permita melhores condições de saúde para a população. Assim, são pressupostos da promoção da alimentação saudável, a ampliação e o fomento de estratégias educativas capazes de permitir estas escolhas, como as apresentadas neste estudo.


YOKOTA, et al. Projeto “a escola promovendo hábitos alimentares saudáveis”: comparação de duas estratégias de educação nutricional no Distrito Federal, Brasil. Revista de Nutrição, Campinas, SP, 2010.

Dec 6, 2010

Fatores condicionantes da adesão dos alunos ao Programa de Alimentação Escolar no Brasil

Olá pessoal,
Este post será voltado para expor uma publicação científica “Fatores condicionantes da adesão dos alunos ao Programa de Alimentação Escolar no Brasil” de Sturion et al., 2005, publicado na Revista de Nutrição. Tal artigo problematiza a questão do Programa Nacional de Alimentação do Escolar, que não tem sido alvo de avaliações contínuas em prol da melhoria dos recursos utilizados.
Na época em que o programa era descentralizado, havia a problemática em relação ao alvo do programa e quem este programa realmente está atingindo, havendo distorções quanto às regiões beneficiadas (região Sudeste mais que a região Nordeste, por exemplo) e distorções entre o beneficiamento de crianças desnutridas de áreas rurais (63,4%) e urbanas (82,8%).
Com a descentralização, a qualidade dos serviços melhorou, alterações na sistemática de compras, implantação de produção alternativa de alimentos e utilização de maior volume de alimentos básicos e in natura foram os procedimentos alternativos incorporados ao Programa. No entanto, são escassas as pesquisas quanto à avaliação do programa após a descentralização.
Assim, o artigo visou verificar o nível de adesão dos escolares ao Programa e identificar as  principais variáveis que a afetam, de modo a refletir mais adequadamente a realidade nacional.
Segue abaixo o resumo do artigo:

Objetivo
Verificar o nível de adesão dos alunos ao Programa de Alimentação Escolar e identificar as principais variáveis que a afetam.
Métodos
A pesquisa baseou-se em amostra composta por dez municípios brasileiros, sendo dois de cada região geográfica. As informações foram obtidas a partir de visitas às escolas (duas por município) e entrevistas junto a 2.678 escolares. Foram consideradas no modelo estatístico as variáveis: gênero, idade, práticas alimentares, estado nutricional e condições socioeconômicas dos alunos. Utilizaram-se os testes de qui-quadrado e o modelo de lógite para identificar a influência simultânea das variáveis acima consideradas.
Resultados
Verificou-se que 46% dos alunos consomem diariamente a alimentação oferecida na escola, enquanto 17% não participam do Programa. As variáveis renda familiar per capita, escolaridade dos pais, idade, estado nutricional dos alunos e a maior freqüência de consumo de alimentos nas “cantinas escolares”, ou seja, cantinas comerciais existentes nas escolas, são inversamente associadas à adesão diária ao Programa. Nas escolas que não dispõem de tais cantinas, o estado nutricional é a única variável inversamente associada à adesão diária ao Programa.
Conclusão
Pode-se inferir que a adesão ao Programa de Alimentação Escolar é baixa e que, embora concebido para ser universal, na prática, assume caráter focalizado, beneficiando principalmente os escolares comprometidos nutricionalmente, cujas famílias possuem menores rendimentos e escolaridade. Espera-se que o presente estudo possa contribuir para a reformulação do Programa, visando promover a adequação do seu atendimento às características dos beneficiários. E que possa, também, subsidiar pesquisas futuras para identificar os motivos da rejeição da alimentação escolar por expressiva parcela da população alvo.

O artigo pode ser conferido na íntegra no seguinte endereço eletrônico: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-52732005000200001&script=sci_arttext&tlng=pt

STURION, G.L.; SILVA, M.V.; OMETTO, A.M.H.; et al. Fatores condicionantes da adesão dos alunos ao Programa de Alimentação Escolar no Brasil. Revista de Nutrição, v.18, n.2, p.167-181, 2005.

Cartilha para Conselheiros do Programa Nacional de Alimentação Escolar

Olá pessoal,
Encontramos um material muito interessante no site do FNDE, que é a Cartilha para Conselheiros do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Este material faz parte da iniciativa do TCU (Tribunal de Contas da União) de aprimoramento e incentivo ao controle social voltado para os conselheiros de alimentação do escolar (CAE), já que o TCU é um ógão federal, fiscalizador, que deve garantir a utilização adequada dos recursos federais.
Na cartilha são apresentadas informações e orientações consideradas essenciais para a atuação do conselheiro. Ainda, este é um documento de fácil acesso, pode-se baixar na internet, por exemplo, e possui uma linguagem fácil, simples e direta, abordando temas básicos e de interesse geral dos membros do CAE.
Assim, ao longo da cartilha, pode-se encontrar diversas informações, como:
- a forma de repasse de verbas do FNDE para as prefeituras, municípios, escolas;
- a quantidade de parcelas repassadas (10 parcelas);
- para que fins os recursos devem ser utilizados (gêneros aimentícios);
- para quem os conselheiros devem comunicar irregularidades (para a prefeitura, FNDE, Câmara Municipal ou Assembléia Legislativa, Secretaria Federal da Controle, Ministério Público ou ao Tribunal de Contas da União);
- formas de funcionamento do programa: modelo centralizado (os alimentos da merenda são comprados pela prefeitura e distribuídos às escolas) e modelo escolarizado (o dinheiro é repassado para as creches e escolas comprarem os alimentos);
- quantidade de conselheiros do CAE (7);
- apontadas as falhas encontradas é uma das principais responsabilidades do CAE;
- ...
Essas e muitas outras informações podem ser encontradas na cartilha.
Vale a pena dar uma lida.
Faça o download da cartilha clicando aqui

Prefeitos são premiados por boa gestão na merenda escolar

Nesta reportagem do dia 29 de novembro, alguns prefeitos foram premiados por se destacarem em conduzir boas práticas na execução do PNAE. Isto mostra como existe empenho, por parte de algumas pessoas, e preocupação com a alimentação das crianças.
A seguir, encontra-se a reportagem na íntegra:



 
Seg, 29 de novembro de 2010 
ASCOM-FNDE (Brasília) – Vinte e uma prefeituras de todo o país receberam hoje, em Brasília, o Prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar por se destacarem em conduzir boas práticas na execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Promovido pela organização não-governamental Ação Fome Zero, o prêmio tem por objetivo identificar e disseminar as experiências bem sucedidas na gestão do programa.

“Quero agradecer aos prefeitos que se inscreveram, pois mostram que estão realmente preocupados com a alimentação escolar de seus alunos”, afirmou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após entregar os troféus da sétima edição do prêmio. Lula lembrou, ainda, da importância da criação da Lei da Merenda Escolar (Lei nº 11.947/2009), que determina que 30% dos recursos repassados pelo governo federal para a alimentação escolar devem ser utilizados na compra de produtos da agricultura familiar: “A compra dos produtores locais ajuda no desenvolvimento dos municípios”.

Na ocasião, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, elogiou a parceria entre merenda e agricultura familiar. “Os 30% da alimentação escolar para a agricultura familiar estão fazendo uma revolução no país”, disse.

Recorde – A sétima edição do Prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar teve um número recorde de inscritos. Foram 1.340 municípios interessados em exibir e disseminar suas práticas de gestão do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). “Em 2004, foram apenas 383 municípios inscritos”, lembrou o empresário Antoninho Trevisan, da Ação Fome Zero e idealizador da premiação.

Entre os vencedores regionais, destaque para os municípios paraibanos, que faturaram três de quatro troféus. “Essa premiação é um incentivo para continuarmos melhorando a merenda”, afimou Aroudo Firmino Batista, prefeito de Água Branca, um dos agraciados.

Além dos prêmios regionais, cinco municípios foram vencedores nas categorias nacionais: Paragominas-PA (valorização profissional de merendeiras), Ananindeua-PA (merenda quilombola), Senador Pompeu-CE (município do semiárido), São Domingo-SC (pequenas cidades) e Joinville-SC (capitais e grandes cidades).

Prêmios regionais

Centro-Oeste
Alto Horizonte-GO
Alto Taquari-MT
Goiatuba-GO
Lucas do Rio Verde-MT

Nordeste
Água Branca-PB
Aparecida-PB
Orós-CE
Poço Dantas-PB

Norte
Brasilândia do Tocantins-TO
Pimenta Bueno-RO

Sudeste
Belo Horizonte-MG
Itaguaí-RJ
Mogi das Cruzes-SP
São Gonçalo do Rio Abaixo-MG

Sul
Bocaina do Sul-SC
Francisco Alves-PR






 Fonte: FNDE

Dec 5, 2010

O contraste de municipios: PNAE e Agricultura local

    A reportagem em questão descreve a situação de dois cenários relativos ao PNAE e completamente opostos! Trata-se de dois municípios de Mato-Grosso - MT, onde um passa pela acusação de não atingir o percentual mínimo de 30% dos recursos do PNAE, exigidos por lei, que deve ser destinado a agricultura local, e outro afirma que já ultrapassou este numero e sonha atingir 100%! Vale a pena conferir e notar os benefícios que esta lei trás tanto para os estudantes quanto para a economia local!
Para conferir a matéria acesse: http://primeirahora.com.br/site/index.php?pg=noticia&intNotID=45214

Grupo 5

Fonte: Agência de Noticias Primeira Hora (primeirahora.com.br)

"MDA promove Seminário para debater PAA e PNAE"

Oi gente! No mês passado o Ministério do Desenvolvimento Agrário promoveu um debate a respeito do PNAE!  A matéria está muito interessante e tem tudo a ver com a alimentação regional nas escolas, pois motiva a participação dos agricultores locais no programa, conforme o diz o trecho a seguir:  "O Seminário terá como objetivo a formação de gestores públicos para acesso e ampliação aos mercados institucionais do governo federal, visando estimular a participação de agricultores familiares no dois programas."  Não deixe de conferir a matéria completa! Para acessá-la: http://www.mda.gov.br/portal/noticias/item?item_id=5979844


Grupo 5

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário

Dec 4, 2010

Conselheiros farão curso à distância sobre controle social

Segundo o presidente do FNDE, Daniel Balaban, “Não temos como estar presentes em todos os municípios para fiscalizar os programas, mas o cidadão sim”.
Isso só reforça a importância do trabalho dos conselheiros para que haja uma boa alimentação nas escolas. Por isso, acreditamos que o curso será um ótimo instrumento para o melhor funcionamento do controle social nos estados e municípios.
Acessem e saibam mais sobre essa nova ação, fruto de um acordo entre o Ministério da Educação e o Tribunal de Contas da União.

Nov 29, 2010

Santo Antônio do Descoberto adota a Nutrição como tema permanente em disciplinas

Santo Antônio do Descoberto, pequena cidade de Goiás que nasceu nos áureos tempos do ciclo do ouro, quer fazer da prática da alimentação saudável nas escolas um aprendizado constante e que se multiplique para educadores e comunidade. Este é o objetivo do PROJETO NUTRINDO COM A EDUCAÇÃO.
Aprovado no Conselho Municipal de Educação, o projeto já faz parte do planejamento pedagógico e pretende formar professores-multiplicadores de temas relativos à Nutrição. A proposta prevê ainda que os conceitos da alimentação saudável estejam presentes no planejamento de todas as disciplinas ministradas aos alunos, abrindo caminho efetivo para a informação que gera mudança de hábitos alimentares.
O curso de formação sobre conceitos de Nutrição, voltado aos educadores da rede municipal, iniciou no último mês de setembro e inclui aspectos gerais da Nutrição, Políticas Públicas de Nutrição, Guias Alimentare, Nutrição na Infância e Funcionamento do Aparelho Digestivo. "A rede municipal conta com aproximadamente 500 professores, atuando em 34 entidades escolares, que atendem, por sua vez, 14.424 alunos. Iniciamos o curso com 80 vagas, porém, destes temos participantes efetivos em média de 40 professores. Estamos, portanto, buscando parceiros para que sirvam como estímulo e que haja a permanência fiel destes inscritos iniciais até findar a etapa do curso em 2011", explica a nutricionista e Responsável Técnica Fernanda Marques Cirqueira.
Inicialmente, detalha Fernanda, foram selecionados dois educadores de cada unidade de ensino que atuarão como multiplicadores de informações. "Após as aulas, deixamos o prazo de 30 dias para que os professores se reúnam e tracem métodos para serem utilizados em cada disciplina. No dia 22 de novembro teremos os primeiros relatórios e trabalhos apresentados por eles, mostrando como foi desenvolvido o primeiro bloco de aulas", conta a nutricionista que está animada com o projeto.

Avaliação Antropométrica
O projeto que está sendo adotado no pequeno município mostra bem que é preciso ações integradas e comprometidas para que a alimentação saudável se torne uma realidade nas escolas e consequentemente nos lares brasileiros. Mostra ainda que as boas ideias podem nascer em cidades que estão longe do foco da mídia e que devem servir de exemplo para grandes metrópoles.  Santo Antônio do Descoberto resolveu fazer a "lição de casa" . Segundo a nutricionista Fernanda, antes de trabalhar a alimentação saudável com os alunos, é preciso formar esta consciência em seus educadores. "Observamos, durante as aulas iniciais, que há um perfil considerável de professores com sobrepeso e obesidade. Decidimos, então, realizar no próximo dia 18 de outubro a Avaliação Antropométrica do grupo, pois desejamos envolver ao máximo os educadores e é fundamental que eles se tornem o referencial para as crianças e jovens".
Fernanda explica que o foco nesta fase do projeto é o professor e o ambiente escolar. No entanto, espera-se gerar algum impacto na comunidade, uma vez que os alunos também serão agentes multiplicadores da alimentação saudável. Ela adianta ainda que o Departamento de Alimentação Escolar está planejando uma ação em parceria com a Secretaria de Saúde para a avaliação nutricional do escolar de Santo Antônio, de maneira a garantir dados mais precisos que sirvam de subsídios ao andamento do projeto.
"Nosso objetivo é fazer com que o tema alimentação saudável não seja banalizado ou apenas retratado pela mídia sem envolvimento prático. Entendemos que a mudança de hábitos alimentares requer disciplina teórica (ensino) e prática (cotidiano familiar). Portanto, o aluno, ao conviver diariamente com certo tipo de assunto, naturalmente o terá como parte do seu dia-a-dia. O melhor é que o seu referencial, professor, se torna detentor de conhecimento o suficiente para que a alimentação seja encarada com grande valor", conclui a nutricionista.
Data: 08/10/2010
Fonte.: Sandra Perruci – Rebrae


Enquete nova!

Oi pessoal!
Na barrinha ao lado (lado direito), criamos uma nova enquete. Se você passou por aqui, por favor, responda!

A enquete tem a seguinte pergunta: "Você acompanha o que é servido na merenda escolar do seu filho?"

Não demora nem 30 segundos pra responder, hein?

Obrigado!!!

Grupo 5

Nov 28, 2010

5º Encontro Nacional do Programa Nacional de Alimentação Escolar

Pra quem ainda não sabe, aconteceu em Salvador, de 16 a 19 de novembro, o 5º Encontro Nacional do Programa Nacional de Alimentação Escolar. O encontro teve como objetivo aprimorar o programa de alimentação escolar e tornar acessível aos estudantes da rede pública refeições nutritivas e de qualidade. Segue abaixo a reportagem completa.

Encontro nacional deve fortalecer alimentação escolar

ASCOM-FNDE (Salvador) – Aperfeiçoar o programa de alimentação escolar e fazer chegar aos estudantes da rede pública refeições nutritivas e de qualidade. Esses são os principais objetivos do 5º Encontro Nacional do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), apontados durante a abertura do evento, ontem à noite, em Salvador. Responsável pelo programa, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) destina mais de R$ 3 bilhões por ano à compra de alimentos para os alunos de toda a educação básica.
“O programa não está pronto, mas em pleno desenvolvimento. Temos muito a melhorar e, para isso, precisamos de vocês, que são a base desse trabalho”, afirmou, na ocasião, o presidente do FNDE, Daniel Balaban. Segundo ele, um ganho fundamental foi a destinação de 30% dos recursos repassados pelo governo federal para a compra de gêneros produzidos pela agricultura familiar. Além de garantir produtos frescos e de qualidade para os estudantes, a medida é muito importante para dinamizar a economia municipal.
Cerca de 700 agentes do programa participam do encontro, entre nutricionistas, conselheiros de alimentação escolar e gestores públicos estaduais e municipais de todo o país. “Este é um excelente momento para avaliar o programa e fazer projeções para seu fortalecimento”, disse Rosane Nascimento, presidente do Conselho Federal de Nutricionistas. “O Programa Nacional de Alimentação Escolar tem um papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa”, afirmou Renato Maluf, presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA).
A cooperação internacional que o FNDE presta a países que pretendem implantar programas de alimentação escolar também foi lembrada durante a abertura do encontro. O diretor regional do Programa Mundial de Alimentos (PMA) para América Latina e Caribe, Pedro Medrano, lembrou que o programa é um exemplo para outras nações. “A compra de produtos dos pequenos agricultores é uma política importante que deve ser seguida por outras nações”, disse.
Atualmente, 13 países têm acordos de cooperação técnica com o FNDE em torno da alimentação escolar, como Cabo Verde, Moçambique, Timor Leste, Colômbia, Nicarágua e Suriname.





Grupo 5

Cardápios regionais nas escolas do DF

Olá! Para começarmos bem nossas postagens, iniciaremos com uma sugestão de nossas professoras. Assim, segue abaixo uma reportagem que saiu no Correio Braziliense, na segunda-feira passada, dia 22 de novembro.

A reportagem trata da presença de alimentação regional nas escolas do Distrito Federal e é baseada na lei que afirma que 30% dos recursos voltados para alimentação escolar devem ser direcionados para a agricultura familiar local, fato que, conseqüentemente, influencia a inclusão de alimentos regionais nas merendas escolares. Tal fator traz diversos benefícios, tanto para os estudantes quanto para o Estado; benefícios estes que variam desde uma maior aceitação por parte das crianças até maiores vantagens econômicas para o governo. Deste modo, seguem abaixo dois trechos da reportagem.

 ...Rosana ressalta que muitos dos alimentos que compõem a merenda escolar dos estudantes brasilienses já são produzidos no quadrilátero do DF. “O atendimento não é maior porque os produtores não conseguem atender a demanda”, reforça. Entre os produtos regionais aproveitados nas cantinas da rede pública do DF estão o morango, produzido em Brazlândia; o iogurte, fabricado em uma cooperativa de São Sebastião; e hortaliças, que são plantadas em Sobradinho.

Além de resgatar hábitos e estimular uma alimentação mais saudável, o consumo de alimentos regionais pode ajudar a aquecer a economia local. “Do ponto de vista financeiro, se gastará menos, porque se compra regionalmente. Além disso, vai dinamizar a economia local. O dinheiro sai e volta para o mesmo lugar de origem”, contextualiza Albaneide Peixinho.




Grupo 5 

Nov 24, 2010

Cara nova

Aproveitamos para iniciar as postagens com um blog de cara nova!

Esperamos que gostem... ;)

Grupo 5

Nov 23, 2010

Dez passos para a promoção da alimentação saudável nas escolas

Os “Dez Passos para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas” foram elaborados com o objetivo de propiciar a adesão da comunidade escolar a hábitos alimentares saudáveis e atitudes de auto cuidado e promoção da saúde. Consistem num conjunto de estratégias que devem ser implementadas de maneira complementar entre si, sem necessidade de seguir uma ordem, permitindo a formulação de ações/atividades de acordo com a realidade de cada local.
  1. A escola deve definir estratégias, em conjunto com a comunidade escolar, para favorecer escolhas saudáveis.
  2. Reforçar a abordagem da promoção da saúde e da alimentação saudável nas atividades curriculares da escola.
  3. Desenvolver estratégias de informação às famílias dos alunos para a promoção da alimentação saudável no ambiente escolar, enfatizando sua co-responsabilidade e a importância de sua participação neste processo.
  4. Sensibilizar e capacitar os profissionais envolvidos com alimentação na escola para produzir e oferecer alimentos mais saudáveis, adequando os locais de produção e fornecimento de refeições às boas práticas para serviços de alimentação e garantindo a oferta de água potável.
  5. Restringir a oferta, a promoção comercial e a venda de alimentos ricos em gorduras, açúcares e sal.
  6. Desenvolver opções de alimentos e refeições saudáveis na escola.
  7. Aumentar a oferta e promover o consumo de frutas, legumes e verduras, com ênfase nos alimentos regionais.
  8. Auxiliar os serviços de alimentação da escola na divulgação de opções saudáveis por meio de estratégias que estimulem essas escolhas.
  9. Divulgar a experiência da alimentação saudável para outras escolas, trocando informações e vivências.
  10. Desenvolver um programa contínuo de promoção de hábitos alimentares saudáveis, considerando o monitoramento do estado nutricional dos escolares, com ênfase em ações de diagnóstico, prevenção e controle dos distúrbios nutricionais.
Fonte: Ministério da Saúde

Proibir determinados lanches na escola é a melhor solução??

Mauro Fisberg
Chefe do Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente
Universidade Federal de São Paulo
Coordenador do Centro de Pesquisas Aplicadas à Saúde - Universidade São Marcos
Em relação à venda de alimentos, eu acredito que proibir não modifica absolutamente nada na situação nutricional do país. Realizamos vários trabalhos que mostram que o consumo de alimentos não adequados é realmente grande, mas quando proibidos, as mães enviam de casa. Alem disto, a proibição desencadeia a idéia do fruto proibido, e o consumo fora da escola, sem controle, vai aumentar muito. O numero de barracas ao lado de escolas é enorme e todos vendem coisas sem qualquer controle por parte das escolas. Na cantina ainda é possível alguma forma de controle de qualidade, de restrições, de aumento de preços, de proibição de propagandas ou banners.
Acho que a cantina pode ser um lugar de educação conjunta, entre pais, professores, diretores, associações de pais e mestres, que podem influenciar diretamente nos hábitos.
Em alguns colégios brasileiros, a atuação de nutricionistas, médicos e responsáveis pela merenda, cantina, tiveram excelentes resultados, sem proibições.... Porque não um chocolate de vez em quando? Porque não um refrigerante light uma vez por semana?
Basta um maior controle de todos...

Opinião de especialistas

Qual o papel da escola na formação dos hábitos alimentares da criança?

Dra Márcia Regina Vitolo - Professora do Curso de  Nutrição  e do Mestrado em Saúde Coletiva da Unisinos- São Leopoldo- RS. 

A importância da escola na formação do hábito alimentar

A formação dos hábitos alimentares é um processo que tem início desde o nascimento com as práticas alimentares introduzidas no primeiro ano de vida. Posteriormente vai sendo moldado, tendo como base as preferências individuais, as quais são determinadas geneticamente, pelas experiências positivas e negativas vividas com relação à alimentação, pela disponibilidade de alimentos dentro do domicílio, pelo nível socioeconômico, pela influência da mídia, pelas necessidades fisiológicas. É muito difícil determinar qual desses fatores vai exercer maior impacto na formação do hábito alimentar. Ressalta-se a diferença entre as terminologias: consumo alimentar e hábito alimentar, sendo esta última referente à prática alimentar que interfere na condição nutricional da pessoa, ou seja, trata-se de um processo complexo e muito difícil de mensurar pelas metodologias utilizadas nos inquéritos dietéticos. Dessa forma, fica claro que a mudança de hábito alimentar é muito difícil de ser alcançada pois as estratégias para isso teriam que ir além do que se faz habitualmente nas orientações dietéticas, isto é, a pessoa modifica sua prática alimentar para corrigir um problema, mas dificilmente muda seu hábito alimentar, o que a deixa vulnerável para retornar às condutas anteriores que são nocivas à sua saúde.
Por todas essas considerações deduz-se que quanto mais cedo se instalar hábitos alimentares corretos maior a probabilidade de que permaneçam na vida futura. Assim, a educação alimentar exige tempo longo de ação e a escola faz parte desse processo, intervindo na cultura e nas atitudes com bases cognitivas. A escola tem que mudar o contexto atual de fornecer subsídios pontuais e de iniciativa individual, muitas vezes com interesse acadêmico na área de nutrição e introduzir, de forma processual e educacional elementos cognitivos para formação de conceitos técnicos na área de alimentação e nutrição. Dessa maneira, as crianças vão incorporando conceitos adequados de forma gradual, sem pressões, de forma que possam , no longo prazo, interferir em suas práticas alimentares de forma efetiva. A escola tem papel importante na estruturação da cultura dos grupos populacionais e portanto deveria ser melhor explorada para a formação do hábito alimentar, o qual sem dúvida tem um forte componente cultural.

Nov 22, 2010

Alimentos perecíveis na lancheira podem provocar intoxicação alimentar

Evitar frios, cozidos e sucos caseiros assegura a saúde das crianças, ensina o especialista em higiene dos alimentos Dr. Roberto Figueiredo.
Com a volta às aulas, uma velha pergunta entra em cena: o que colocar na lancheira das crianças para que elas fiquem bem alimentadas e, ao mesmo tempo, não corram riscos de intoxicações alimentares?
"Essa é uma pergunta realmente intrigante para a maioria dos pais que se preocupam mais com o acompanhamento da alimentação do filho." [2]
Segundo o especialista em higiene dos alimentos, biomédico Roberto Figueiredo (o Dr. Bactéria do programa Fantástico), os lanches preparados em casa sem os cuidados necessários podem ocasionar sintomas desagradáveis, como diarréia, vômito, febre e até paralisação respiratória, cardíaca e mental.
“O ideal é oferecer apenas produtos não-perecíveis, como frutas, biscoitos, legumes secos, pães e geléias”[1], explica. Os sanduíches devem ser preparados momentos antes da criança sair para a escola e somente com defumados, como salame e queijo provolone – que podem ser mantidos fora da geladeira. “Complementos como alface, catchup, mostarda e maionese comercial também estão liberados”[1], garante o biomédico.
As restrições estão nos frios, como presuntos e queijos em geral (inclusive requeijão), bolos recheados, ovos, carnes, aves, pescados e legumes cozidos. “Estes alimentos não podem ser mantidos fora de refrigeração por mais de duas horas e devem ficar abaixo de 7° C, o que é inviável em uma lancheira”[1], alerta Figueiredo. As mães devem, ainda, evitar os achocolatados e sucos caseiros, preferindo apenas os de embalagens tipo Pet.
"Isso aumenta a ingestão de produtos industrializados, que contém conservantes, alto teor de sódio, pouco valor nutricional e biológico, como o refrigerante."[2]
Outro cuidado se refere à limpeza das frutas, já que a higienização inadequada pode provocar Hepatite A. “A dica é lavá-las com água corrente e utilizar uma escovinha para remover bactérias, vírus e resíduos de agrotóxicos. Além disso, não se deve usar sabão ou detergente e as frutas devem estar refrigeradas antes da lavagem”[1], completa o especialista.
De acordo com a Nutricionista Flávia Shwartzman cerca de 20% da alimentação de crianças em idade escolar é proveniente dos lanches feitos por ela ao longo do dia, por isso a importância da introdução de lanches saudáveis desde a primeira etapa de escola do seu filho. O costume de comer alimentos saudáveis vem da mesa de casa, portanto, conclui-se que, se em uma casa a alimentação não é balanceada e tem uma dieta rica em comidas não saudáveis a criança reflete isso na escolha do que comer/ e o que come na escola. Há também um pensamento lógico sobre a escolha dos alimentos pelas crianças, que se elas não podem escolher obrigatoriamente vão fazer "birra" para não comer, até ganhar o que quer; para que isso não ocorra, manter uma linha de comunicação com seu filho e ajudá-lo a escolher o que comprar para lanchar, além de incentivar a participação dele na preparação do lanche, é essencial para que a criança crie um vínculo afetivo com a comida e assim goste de comer aquilo que lhe é oferecido, que no caso é o lanche de casa, preparado pela mãe, com maior controle de alimentos saudáveis. Isso também é importante pois a criança não crie o hábito de trocar lanches que ela não gosta com um coleguinha.
Dicas importantes para a montagem da lancheira e quais alimentos escolher para montar a lancheira vocês podem encontrar nos sitios: 

Sobre o Dr. Roberto Figueiredo
O biomédico e consultor Roberto Martins Figueiredo, uma das principais autoridades brasileiras em saúde pública e um dos maiores especialistas em higiene de alimentos, é especializado em Saúde Pública e em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e em Engenharia da Qualidade (Controle de Processos e Auditorias) pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, Figueiredo apresenta quinzenalmente o quadro “Tá Limpo”, no Fantástico, programa da Rede Globo.

Alimentos que podem ou não podem fazer parte da lancheira do seu filho:
Pode
Não Pode
Frutas
Ovos
Biscoitos
Carnes, aves e pescados
Pães
Requeijão
Geléias
Maionese ou molhos caseiros
Sanduíches com defumados (provolone e salame, por exemplo)
Lanches com queijos em geral e presunto
Legumes secos e alface
Legumes cozidos
Produtos não-perecíveis (como catchup, mostarda e maionese comercial)
Qualquer tipo de produto perecível
Achocolatados e sucos de embalagem tipo Pet
Sucos, vitaminas ou achocolatados caseiros
Bolos caseiros (como pão-de-ló ou industrializados sem recheio)
Bolos com cremes ou qualquer tipo de recheio
[1] Dr. Roberto Figueiredo[2] Nutricionista Flávia Shwartzman

Nov 16, 2010

Como montar a lancheira das crianças - 2ª parte

Produtos light e diet, o que fazer?
“As crianças, exceto as diabéticas, não devem utilizar adoçantes”, aconselha Adriane Marchisete. Parte significativa da população utiliza uma grande quantidade de adoçantes sem pensar na possibilidade da ocorrência de efeitos colaterais. E as crianças, até mesmo porque assistem aos pais trocarem o açúcar pelas gotinhas de aspartame, já estão iniciando o uso de adoçante muito cedo. Mas não é preciso colocar produtos light e diet na lancheira do pequeno. Se ele se alimenta corretamente, não está com sobrepeso e não é uma criança diabética, os alimentos podem ser usados nas formas naturais. Evitando-se ao máximo o uso desses alimentos, até mesmo sua exclusão, priorizando alimentos naturais com pouco açúcar e gordura, o que vale não só para as crianças obesas como também para as saudáveis.

Cuidado para não deixar o lanche sem graça
“Uma lancheira monótona, sempre com as mesmas preparações, desmotiva a criança a comer e faz a comida do colega ficar mais interessante”, confirma Kelen Martins.
Para evitar o desinteresse, os pais devem variar o cardápio, mudando o tipo de pão, os acompanhamentos (queijos, requeijão, geleias e frios) ou as bebidas (suco, água de coco ou leite). O modo de apresentação ajuda, e muito, na missão de evitar a rotina. Um dia você pode incluir um sanduíche de pão integral com pasta de ricota temperada com orégano, azeite e uma pitada de sal e peito de peru. Em outro, pode abrir espaço para o tradicional pão francês com mussarela de búfula e alface e, para dar um toque especial, colocar alguns tomates secos. As bisnaguinhas, veneradas pelas crianças, podem vir recheadas com requeijão e presunto defumado ou com uma pasta de atum e queijo mussarela. Os bolos caseiros são bons aliados também, mas procure dar preferência aos mais sequinhos, como o de fubá e o de cenoura. Para ladear o lanche, você pode alternar iogurtes de frutas com leites fermentados e sucos. Só tente optar pelas versões concentradas, que você dilui em casa, e atenção se for escolher os modelos em caixinha, pois muitos deles são repletos de conservantes e açúcar. Importante manter os alimentos de preferência da criança, evitando sua rejeição e introduzindo novos alimentos sempre buscando diferentes formas de apresentação para uma melhor aceitação e variabilidade.
“Em relação às frutas, as melhores opções são as que podem ser consumidas com casca ou quando podem ser retiradas com facilidade”, ensina a nutricionista Daniela Murakami, também da Nutrir e Brincar. Boas dicas são permutar entre banana, maçã, pera, goiaba, uva e mexerica. O morango, além de fácil de comer, vira praticamente uma sobremesa se misturado com iogurte natural e é perfeito para os dias quentes desde que você dê preferência para a versão orgânica (livre de agrotóxicos). O mamão picado faz o par perfeito com a granola (para que esta se mantenha crocante, deve ser sempre colocada na lancheira em recipiente separado e ser adicionada à fruta só na hora do recreio). Para os menorzinhos, o ideal é picar as frutas, mas para isso é preciso atentar ao recipiente na qual ela será acondicionada e, se possível, prepará-las antes de sair de casa.

Envolver a criança no preparo do lanche
Incentivar a criança a ajudar no preparo da comida também é uma estratégia que funciona bem. Primeiro porque estimula o interesse pelo tema. Segundo porque pode ser um processo bem divertido. Se possível, o convide para ir ao supermercado ou à feira. Essa é uma excelente maneira de despertá-lo para a variedade de verduras e frutas. A curiosidade natural das crianças fará todo o trabalho por você quando seu filho se deparar com o universo de cores, texturas e cheiros. Uma tática para a melhor aceitação da criança por novos alimentos e pelo lanche na escola, pois eles mesmos produziram o que vão comer.

Truques e estratégias
Saudável sim, neurótico não. Comer algumas delícias faz parte da vida. Quem não gosta de um pudim ou de uma barra de chocolate? Monte um cardápio nutritivo, mas não deixe de incluir na lancheira – uma vez ou outra – alguns mimos. “O caminho para acertar são o bom senso e o equilíbrio”, aconselha Adriane. Você pode fazer uma surpresa ou combinar com ele um dia na semana para incluir uma gostosura. Por exemplo, toda sexta-feira o lanche vem ladeado de um brinde, que pode ser bala ou um bolo com uma cobertura especial. Outra estratégia divertida é, esporadicamente, enfeitar e brincar com a comida. Fazer caras no sanduíche, cortar o tomate em forma de estrela ou coração e outras coisas mais. Envolver a criança na produção do lanche, desde a escolha e compra dos ingredientes até a preparação, incluindo também até mesmo a escolha da lancheira com um modelo que o agrade e que o incentive a levar o lanche de casa para a escola. Buscando chamar a atenção da criança para o lanche a ele oferecido, tendo assim maior aceitação.

Pergunte à criança o que ela quer comer
“A criança tem direitos fundamentais na alimentação, como na quantidade que lhe apetece, as preferências e aversões e a escolha do modo como o alimento é oferecido. Aos pais, cabe a educação, a orientação”, defende Kelen Martins. Consultar o seu filho antes de montar o lanche escolar é um jeito de fazê-lo se sentir parte dessa escolha e evitará surpresas negativas depois. Buscando através das dicas anteriores, truques e estratégias, o envolvimento e a aceitação da criança, afinal é ela quem irá comer.


Fonte: Maria Luiza Lara. Disponível em: < http://bebe.abril.com.br/principal.php>

O lanche ideal


Fonte: Infoirio - Laboratório de informática educativa. Escola municipal Irio Manganelli.

Como montar a lancheira das crianças - 1ª parte

     O lanche vindo de casa é uma forma de garantir qualidade nutricional e sensorial dos alimentos que as crianças vão ingerir enquanto estiverem fora de casa, são estes alimentos que vão garantir o crescimento e o desenvolvimento físico e intelectual das crianças.
Algumas dicas de nutricionistas para elaborar uma lancheira saudável sem abrir mão do sabor, buscando maior aceitação das crianças.

Alimentação saudável se aprende em casa
Nutrição é um assunto sério e não pode ser negligenciado. Por isso, o que recheia a geladeira de casa deve ser pensado antes mesmo de você precisar montar a primeira lancheira do seu filho. E o desafio de educar o paladar de uma criança não é fácil. “Os alimentos preferidos dela são os de sabor doce e muito calóricos. Essa preferência é inata ao ser humano. Para os sabores doces, não é preciso se acostumar, como para os amargos e os azedos”, explica Kelen Martins, nutricionista da Nutrir e Brincar, assessoria e consultoria em nutrição infantil.
“As crianças tendem a preferir alimentos familiares, em detrimento dos que lhes são estranhos”, explica. É o mesmo que dizer que o comportamento alimentar dos pais vai influenciar o gosto e as preferências dos filhos. Ou seja, se ele se acostumou a se sentar a uma mesa verde e colorida com muitas frutas, cereais e pouco açúcar, não vai torcer o nariz para uma lancheira cheia de uvas e morangos. Agora, se a dispensa da sua casa é lotada de doces e refrigerantes, a história complica. Fica mais delicado reeducar uma criança a comer depois que ela já entrou na idade escolar. Primeiro porque mudar um hábito exige mais esforço, independentemente da idade, depois porque, na medida em que seu filho cresce, diminui o seu controle sobre o que ele come.
Destaca-se a importância da educação nutricional das crianças ainda em casa, onde estão suas referências, os pais, irmãos, avós, e criarão hábitos que vão refletir na vida da criança. E o começo da prática dos hábitos alimentares desenvolvidos em casa é na escola, e a lancheira pode ser um bom começo.

O que não pode faltar na lancheira
Assim como em todas as refeições, deve-se assegurar que cada lanche traga ao menos uma porção de um dos três grupos fundamentais de alimentos, que são o de alimentos energéticos, o dos construtores e o dos reguladores. No primeiro, estão cereais como o arroz e o trigo, os açúcares, como o mel, e as gorduras, como o azeite. Entre os alimentos entendidos por construtores, estão as proteínas animais e vegetais, protagonistas na formação de nossos músculos, ossos e órgãos. Para representar essa categoria, podemos citar o leite e seus derivados, as carnes e leguminosas como o feijão e a soja. Por último, mas não menos importantes, estão os alimentos responsáveis por regular e controlar as funções do organismo, e é aí que entram as frutas, as verduras e os legumes.
No grupo dos alimentos energéticos, a atenção deve ser dobrada. Embora sejam essenciais para que seu filho tenha disposição para correr, brincar e estudar, eles não podem ser ingeridos indiscriminadamente. São alimentos mais calóricos e fáceis de serem estocados em forma de gordura no nosso corpo. “Em vez de procurar os produtos que contêm açúcar refinado, o ideal é optar pelos carboidratos complexos, ou seja, os que têm uma digestão mais demorada, assim como a sensação de saciedade”, ressalta a nutricionista Adriane Alves Marchisete, do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo. Pães e arroz integrais, bem como os cereais naturais, são boas opções. “Mas isso não significa o fim do pão francês, das bisnaguinhas, dos bolinhos de chocolate e afins”, pondera a especialista.
Ressalta-se um balanceamento no lanche a ser oferecido à criança, contendo alimentos ricos Nutricionalmente, satisfazendo, assim, as necessidades nutricionais, porém não se deve esquecer que são crianças, permitindo também o consumo de alimentos de preferência infantil como biscoitos, bolos e etc.

O que não deve entrar
Nem é preciso dizer que salgadinhos de pacote, frituras, refrigerantes e doces devem ser – na medida do possível – excluídos do cardápio semanal de uma criança. Esses alimentos oferecem muito sal, conservantes, açúcar e quase sempre nenhum benefício nutricional. Uma boa opção seria buscar fazer biscoitos e bolos em casa, bem como, utilizando receitas modificadas adequando ao consumo saudável para crianças. Enlatados, sucos de caixinha, frios e alimentos industrializados no geral, por sua vez devem ser escolhidos com critério. “Os pais devem estar atentos às informações presentes nos rótulos: a lista de ingredientes e as informações nutricionais”, alerta Kelen Martins. Entre os embutidos, temos que correr para os defumados e é preciso evitar alimentos ricos em açúcar, gorduras saturadas, gorduras trans e com pouco teor de fibra alimentar. “Não existe alimento proibido, mas os que devem ser consumidos esporadicamente”, explica.

Fonte: Maria Luiza Lara. Disponível em: < http://bebe.abril.com.br/principal.php>

Nov 14, 2010

Bagé garante cardápio personalizado para estudantes com necessidade especial.


De acordo com a PNAE, programa que viabiliza a distribuição de recursos destinados à merenda escolar, assiste universalmente alunos da rede pública de ensino. Respeitando as diferenças e necessidades individuais, projetos específicos para a adequação da merenda a alunos com necessidades especiais abrange o atendimento a todos os alunos.
Dentro das ações voltadas para a melhoria da alimentação escolar, o município de Bagé desenvolve um trabalho diferenciado. Alunos da rede municipal de ensino que necessitam de alguma dieta especial recebem um cardápio personalizado durante o período letivo.
Segundo a nutricionista Renata de Araújo Pereira, umas das três contratadas pela Secretaria de Educação para elaborar a alimentação da rede três cardápios especial são utilizados no momento. “Hoje, temos dois cardápios para crianças com fenilcetonúria e um terceiro para estudantes com Diabetes Mellitus Tipo 1”, relata. Como ela explica, a Fenilcetonúria é detectada no tradicional exame do pezinho e caracteriza-se pela deficiência na metabolização de aminoácidos presentes em quase todos os alimentos, principalmente os proteicos. “Estes casos exigem o início do tratamento antes do 21° dia de vida, para que não haja sequelas. No cardápio requerido, disponibilizados apenas legumes, cereais, frutas e verduras, sempre de forma controlada”, detalhou. Já para os portadores de Diabetes, Renata aponta que o cardápio “exige doses controladas e a cada três horas. Ou seja, duas refeições durante a aula”.

A nutricionista acrescenta que, para cada caso, um cardápio específico é elaborado. “Temos alunos em três escolas da rede que utilizam este recurso”, informa. A equipe de que executa este serviço de elaboração também conta com as nutricionistas Milena Tavares Dutra e Vera Maria de Souza Bortolini.

Melhorias na alimentação escolar – Em Bagé, 33 das 37 Escolas Municipais de Ensino Fundamental possuem refeitórios próprios, oriundos do Programa Fome Zero, servindo duas refeições diárias (café da manhã e almoço) para os estudantes.

Além disto, como relembra a secretária de Educação, Janise Colares, desde agosto, outras escolas (Marques de Tamandaré, Doutor Pena, Manoela Teitelroit, Visconde Ribeiro de Magalhães e Paulo Freire – e André Leão Poente, na zona rural) passaram a proporcionar duas refeições por dia aos seus alunos. Este novo serviço é viabilizado pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) com contrapartida do município.


Fonte.: Prefeitura Municipal de Bagé (RS) - 22/10/2010. Disponível em: <http://www.rebrae.com.br>

Ciclo de Debates: Alimentação Escolar como Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional

O Ciclo de Debates “Alimentação Escolar como Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional” foi realizado no Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, nos dias 18 e 19 de outubro de 2007, em Belo Horizonte.

Objetivo geral:
Levar os membros dos Conselhos de Alimentação Escolar, dos Colegiados Escolares e a todos os envolvidos com a questão da alimentação e nutrição e da segurança alimentar e nutricional informações sobre gestão, execução e fiscalização do Plano Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) em Minas Gerais.

Objetivos específicos:
● Trocar experiências relevantes de gestão do PNAE
● Discutir formas de monitoramento do PNAE no Estado
● Discutir mecanismos de interação entre o Conselho Estadual de Alimentação Escolar, os Conselhos Municipais de Alimentação Escolar e os Colegiados Escolares
● Estabelecer mecanismos de promoção do direito humano a alimentação saudável no ambiente escolar
● Enfocar a alimentação escolar como programa estratégico para a segurança alimentar e nutricional dos escolares do Estado
● Identificar responsabilidades e competências dos órgãos governamentais e de fiscalização, com vistas a aprimorar a execução do PNAE no Estado, em atendimento aos preceitos técnicos e legais vigentes.

Para saber mais: http://www.almg.gov.br/eventos/downloads/doc_final.pdf

Fonte: Asembleia Legislativa de Minas Gerais.
Disponível em: http://www.conselhos.mg.gov.br/cae/agenda/ciclo-de-debates-alimentacao-escolar-como-estrategia-de-seguranca-alimentar-e-nutricional

Alimentação de escolares




“A idade escolar representa uma fase de transição entre a infância e a adolescência e compreende crianças de 7 anos de idade até a puberdade, aproximadamente 10 anos de idade. Nessa, fase observa-se uma crescente independência da criança, momento em que começa a formar novos laços sociais com adultos e indivíduos da mesma idade. O período escolar é caracterizado, portanto, por uma maior sociabilização e independência, o que promove uma maior e melhor aceitação dos alimentos e um apetite voraz, que deve ser compatível com a atividade física e o estilo de vida do escolar.
É nessa fase que se inicia o período de maior acúmulo de massa óssea, que perdurará até 25 a 30 anos de idade, quando este acúmulo atinge seu pico. A criança apresenta músculos mais fortes e habilidades motoras mais desenvolvidas. Por isso, esse período coincide com o início de atividades físicas regulares e aumento do interesse pelos esportes. É um período de intensa atividade física, ritmo de crescimento constante, com ganho mais acentuado de peso próximo ao estirão da adolescência. Contudo, verifica-se também a omissão de refeições, especialmente o café da manhã, e a redução da ingestão de leite que deve ser monitorada para que não haja comprometimento do suprimento de cálcio necessário à formação óssea.
Além da família, a escola passa a desempenhar papel importante na manutenção da saúde (física e psíquica) da criança. As tendências à urbanização aliadas ao desenvolvimento industrial e agropecuário ocasionaram mudanças de padrão alimentar e de vida das sociedades ocidentais. O consumo de alimentos industrializados e ricos em gordura aumentou, em detrimento da ingestão de alimentos não processados. Houve ainda redução da atividade física para o desenvolvimento do trabalho e do lazer. Tais modificações determinaram o processo denominado transição nutricional, caracterizado por queda das taxas de desnutrição, aumento da prevalência de obesidade e incremento de casos de “fome oculta” – deficiências nutricionais específicas, pouco evidentes clinicamente, mas prejudiciais à boa saúde.
Essas transformações, aliadas ao processo educacional, são determinantes para o aprendizado em todas as áreas e o estabelecimento de novos hábitos.”
Ao considerar tais informações, destaca-se a importância do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), conhecido como Merenda Escolar. Ele consiste na utilização de recursos da União, em caráter suplementar, transferidos aos estados, municípios e Distrito Federal para a aquisição de gêneros alimentícios destinados à merenda escolar. Este programa, não é novo, data seu início na década de 40, mas só após a promulgação da Constituição Federal (1988), o direito a alimentação em âmbito escolar (merenda escolar) foi garantida a todos os alunos do ensino fundamental, ou seja, os escolares. Beneficiando de forma universal alunos de escolas públicas regulares, indígenas, remanescentes quilombolas e de escolas especiais, bem como de escolas filantrópica

Fonte: PNAE.<www.portaltransparencia.gov.br/aprendaMais/documentos/curso_PNAE.pdf>
<www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/3015/alimentacao_em_pre_escolares_escolares_e_adolescentes.htm>




Nov 13, 2010

Alimentação saudável na escola começa em casa.

grupo 4
Para buscar uma alimentação saudável e sustentável na escola, os pais podem seguir algumas dicas básicas:

                         
• Dar exemplo em casa.
• Cobrar da escola a mesma excelência na cantina que exigem na qualidade do ensino
• Visitar a cantina da escola ou informar-se sobre as medidas sanitárias tomadas para garantir aos alunos um lanche sem riscos.
• Observar as condições higiênico-sanitárias dos alimentos.
• Conhecer o cardápio e os preços.
• Pressionar pelo banimento das gorduras trans, as mais prejudiciais à saúde.
• Cuidar para que o filho coma sem exageros de três em três horas, o que acelera o metabolismo e é mais saudável.
• Recomendar aos filhos um balanceamento entre os alimentos industrializados e os naturais.
• Ensinar os filhos a lerem os rótulos de embalagens na escolha dos produtos industrializados a serem consumidos.
• Mandar a criança para a aula com café da manhã tomado; além de ter um melhor aproveitamento, ela sentirá menos fome e vai comer moderadamente no intervalo.
• Controlar os gastos dos filhos na cantina.
• Incentivar jovens e crianças a optar por alimentos com menos embalagens e produzidos na região.
• Ensinar as separar os rejeitos antes de jogar no lixo, para separar o resíduo orgânico do reciclável.
• Orientar a lavar as mãos antes de qualquer refeição, mas sem largar torneiras abertas por muito tempo.
• Orientar a reduzir o uso de materiais descartáveis.

Para os pequenos que levam lanche

• Negociar com a criança a montagem da lancheira, isso a desperta para a nutrição balanceada e para a escolha de alimentos saudáveis e sustentáveis.
• Lancheiras devem estar sempre limpas, lavadas com detergente biodegradável e  cujos resíduos não sejam poluentes.
• Ter o mesmo cuidado com as garrafas térmicas, que devem ser lavadas como mamadeiras, usando escovas que alcancem o fundo.
• Os alimentos mais indicados são frutas, frutas secas, sucos de frutas, barras de cereais, pães integrais, sanduíche de queijo branco e água de coco.
• Mandar frutas inteiras e já lavadas. Não cortar ou descascar para evitar o processo de oxidação que escurece as frutas, como maçãs, peras e bananas.
• Preferir bolos e bolachas simples e menos calóricos, com o mínimo possível de gorduras saturadas e sem gordura trans.
• Bolos recheados e com cobertura têm mais risco de contaminação, sobretudo em dias quentes.
• Bolachas recheadas têm mais gordura, e muitas vezes têm gordura trans.
• Cuidado com frituras, salgadinhos industrializados, refrigerantes, sucos artificiais, balas, pirulitos, chicletes. Além de baixo valor nutricional, contêm gorduras em excesso, e deixam mais lixo proveniente das embalagens.

Fontes: Akatu, pediaindex.tra Mauro Fisberg e nutricionista Martha Amodio
www.escolaresponsavel.com/